Projetos
Mission Atlantic
Este projeto trará uma abordagem holística e integrada para avaliar o estado de todo o Oceano Atlântico – Integrated Ecosystem Assessments (IEA). Esta metodologia permite o mapeamento de respostas dos ecossistemas às ações de manejo que contribuirão para a gestão sustentável e para a proteção dos recursos e dos ecossistemas marinho e costeiros do Atlântico.
Tem como Objetivos Gerais:
1) Definir os riscos decorrentes de pressões de atividades humanas, mudanças climáticas e riscos naturais;
2) Estabelecer o uso sustentável do ecossistema Atlântico em escalas global e regional.
O projeto envolve 34 instituições diferentes de diversos países da Europa, África, América do Sul e América do Norte.
Será desenvolvido de set/2020 a ago/2025 e na UFSC está baseando em uma parceria do LAGECI com Laboratório de Biogeografia e Macroecologia Marinha (LBMM) do CCB/UFSC. Os dois laboratórios serão responsáveis pelos estudos de caso: South Mid-Atlantic Ridge e South Brazilian Shelf.
Para saber mais acesse: https://missionatlantic.eu/project-overview/
Abordagem de Avaliação para o Desenvolvimento Bem-sucedido de Sistemas Viáveis de Multiuso Oceânico (Projeto Multi-Frame)
O projeto Abordagem de Avaliação para o Desenvolvimento Bem-sucedido de Sistemas Viáveis de Multiuso Oceânico (Projeto Multi-Frame) reúne um grupo multidisciplinar de 7 países, de quatro continentes, para desenvolver, testar e otimizar uma estrutura comum para avaliar a sustentabilidade de soluções de múltiplo uso para o ambiente marinho. Tendo como principal resultado um conjunto de ferramentas analíticas para auxiliar gestores na organização do espaço marinho, através da consideração de múltiplos usos, minimizando ou mitigando os impactos negativos e promovendo uma distribuição equitativa dos possíveis benefícios.
O envolvimento das partes interessadas é a espinha dorsal da abordagem do Projeto Multi-Frame, visando mobilizar os atores sociais envolvidos. A contribuição do grupo de pesquisadores do LAGECI estará relacionada ao desenvolvendo de uma análise da vinculação do turismo com a pesca artesanal, visando ampliar o benefício socioeconômico e manter a sustentabilidade dessas atividades e suas comunidades. Nosso estudo de caso terá como base a análise da compatibilidade entre a pesca artesanal e o turismo de base comunitária (TBC) junto à Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé, localizada em Florianópolis -SC.
Com duração de 3 anos, o Projeto Multi-Frame contribuirá para o estabelecimento de uma base de conhecimento internacional para melhorar o uso sustentável dos nossos oceanos, pesquisando os benefícios da incorporação do Multiuso na gestão dos oceanos e promovendo os resultados da pesquisa.
Para saber mais acesse: https://www.submariner-network.eu/multi-frame
Subsídios para Avaliação da Transferência da Gestão das Praias Marítimas Urbanas aos Municípios (ATAGP)
Dentro do contexto da Gestão Costeira Integrada, a Secretaria do Patrimônio da União repassou aos municípios a gestão das praias, por meio da Lei Federal º 13.240/2015. No entanto, para viabilizar esta gestão os municípios devem assinar o Termo de Adesão de Gestão de Praias Urbanas (TGPA) no qual se comprometem a diversas obrigações, dentre elas apresentar o relatório de gestão de praias marítimas urbanas e a elaboração dos Planos de Gestão Integrada da Orla Marítima – PGIs. No entanto, os indicadores e formato destes relatórios não estão definidos e as diferenças regionais e municipais devem ser levada sem consideração. Além disso, as diretrizes do Projeto Orla, que levam a elaboração dos PGIs devem ser avaliadas e atualizadas. Sendo assim o principal objetivo deste projeto é o de qualificar o processo de transferência da gestão de praias marítimas urbanas às prefeituras municipais por meio do desenvolvimento de estratégias de fomento para a elaboração dos (PGIs) e de monitoramento da gestão das praias. Para tanto serão desenvolvidos indicadores e procedimentos para se definir o método de avaliação e controle do cumprimento do TAGP e subsidiar elaboração e monitoramento de novos PGI. Estes objetivos serão alcançados com base em workshop com especialistas, entrevistas com gestores, pesquisa de indicadores nacionais e internacionais, e revisão qualificada dos manuais do Projeto Orla.
Resultados já obtidos com este projeto:
Modelo de Relatório Anual de Gestão de Praias (clique aqui)
Incentivos à assinatura do Termo de Adesão à Gestão das Praias Marítimas (clique aqui)
Diretrizes para o desenvolvimento de Plano de Gestão Integrada da Orla Marítima (clique aqui)
Metodologia de avaliação dos Planos de Gestão Integrada da Orla entregues com base no conteúdo exigido pelo Termo de Adesão a Gestão de Praias e boas práticas reconhecidas (clique aqui)
Para saber mais acesse: Gestão de Praias
Vídeo sobre Gestão de Praias:
ATENÇÃO: NOVO MANUAL DO PROJETO ORLA!! Clique aqui
Análise integrada de dados espaciais na identificação de zonas potenciais para a exploração sustentável de recursos minerais, energias renováveis e da aquicultura na Zona Econômica Exclusiva do Brasil
A gestão marítima integrada é o desafio futuro para o desenvolvimento sustentável das economias marinhas. Á medida que a exploração dos recursos oceânicos se expande e intensifica, aumenta a necessidade de minimizar conflitos e otimizar o uso de espaço. Abordagens de planejamento espacial marinho (PEM) devem ser consideradas para a expansão e desenvolvimento de setores emergentes. Esse é o caso das atividades de exploração de recursos minerais, energias renováveis e da aquicultura no espaço marinho brasileiro, nas quais as interações sinergéticas e competitivas devem ser analisadas em escala apropriada. Nesse contexto, é proposto uma análise integrada de dados espaciais, que respondam simultaneamente as oportunidades e limitações da Zona Econômica Exclusiva(ZEE)do Brasil para o desenvolvimento dessas atividades. Para tal fim, se pretende: i)Identificar zonas potenciais para as atividades de exploração mineral, energia eólica, energia das ondas e aquicultura; ii) Analisar as interações e inter-relações conflituosas e de sinergia entre a possibilidade de implementação dessas atividades e os usos existentes; iii) Classificaras zonas ecológicas e determinara vulnerabilidade das mesmas diante da tendência de desenvolvimento dessas atividades, em um âmbito de gestão baseada em ecossistemas; iv) Mapeamento das áreas prioritárias para o desenvolvimento sustentável do setor mineral, energético e aquícola. Com a realização dos objetivos propostos, espera-se identificar as oportunidades a médio e longo prazo para o desenvolvimento dessas economias marinhas na ZEE brasileira, considerando as interações entre usos e a vulnerabilidade do ambiente marinho. Não obstante, por meio das abordagens metodológicas e resultados gerados, apontar aspectos relevantes para consolidar e orientar políticas públicas na ZEE brasileira e auxiliar tomadores de decisão na gestão do espaço marítimo.
Pesquisador: Carlos Vinicius da Cruz Weiss
Supervisores: Jarbas Bonetti Filho e Marinez Eymael Garcia Scherer
Projeto LEAP – Leveraging Ecosystem-based Approaches for Priority-setting (South Atlantic Coast)
Não há dúvida de que a atual perda de biodiversidade está ameaçando a prestação de serviços ecológicos essenciais. Além disso, especialistas e formuladores de políticas têm fracassado nas medidas de conservação com abordagem efetiva dos ecossistemas costeiros e marinhos e dos serviços ecossistêmicos mais ameaçados. No caso da costa do Atlântico Sul (sul do Brasil, Uruguai e Argentina), podemos estar perdendo sistemas, funções e serviços ecológicos que não tivemos a oportunidade de estudar e compreender profundamente. Nesse contexto, são necessárias investigações conjuntas para acelerar a compreensão desses ecossistemas e servir como base comum para os atores políticos da região. Portanto, fóruns internacionais permanentes de cooperação técnica são indispensáveis para institucionalizar a tomada de decisões com base científica. O objetivo geral deste projeto é fomentar a cooperação de longo prazo entre a UFSC, a Universidade Federal do Rio Grande (Brasil), a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Brasil), a Universidade Nacional de Mar del Plata (Argentina), a Universidade da República (Uruguai) e a Comissão de Gestão de Ecossistemas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) no estudo de ecossistemas costeiros e marinhos e seus serviços ecossistêmicos. A cooperação envolverá investigações conjuntas para acelerar a compreensão desses ecossistemas, fornecer uma base comum para os atores políticos da região e institucionalizar a tomada de decisões com base científica.
Especificamente, o projeto visa criar um painel de especialistas das instituições acima mencionadas nos três países, que aplicarão uma metodologia inovadora de avaliação de risco para mapear e identificar ecossistemas ameaçados, definir serviços essenciais como metas de conservação e comunicar resultados a políticas relevantes. partes interessadas com o objetivo de institucionalizar a tomada de decisões com base científica.
A Lista Vermelha de Ecossistemas da IUCN (LVE) servirá como estrutura de avaliação e o resultado alimentará a definição de áreas prioritárias para conservação. A LVE é uma metodologia internacionalmente credenciada que fornece um padrão unificado com base em cinco critérios para a realização de avaliações baseadas em evidências do risco de colapso do ecossistema, conforme medido por reduções na distribuição geográfica ou degradação de processos e componentes-chave.
Saiba mais:
Projeto LEAP (clique aqui)
Lista Vermelha (clique aqui)
Modelo de Governança para a Zona Costeira
Na Ilha de Santa Catarina, Florianópolis, SC, a base de conhecimento ecossistêmico, das funções e interações dos ecossistemas marinhos e costeiros, com o objetivo de compreender de maneira conexa o Sistema Ilha de Santa Catarina (SISC), vem sendo desenvolvida pelo Laboratório de Gestão Costeira Integrada (LAGECI) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria com pesquisadores de outras instituições, como aqueles vinculados ao Laboratório de Gerenciamento Costeiro (LABGERCO) da Universidade Federal de Rio Grande (FURG). Ainda que incipientes, os resultado já demonstram a grande pressão e a tendência de perda dos serviços ecossistêmicos do SISC. Salienta-se que, apesar da pressão evidente, pouco foi estudado e analisado do ponto de vista da estrutura de governança existente e que interfere na gestão do SISC. Assim, existe a necessidade de entender a estrutura, processos e conexões entre as políticas, instituições e ações e a governança associada e sua influência na gestão das pressões que levam à perda dos serviços ecossistêmicos e seus benefícios no SISC e em toda a costa brasileira. Assim, o projeto tem como objetivo principal desenvolver um modelo conceitual de governança para a zona costeira e a relação deste com a base de conhecimento ecossistêmico necessária para a gestão costeira integrada. Espera-se alcançar o entendimento da estrutura, processos e conexões entre as políticas, instituições e processos, a governança associada e sua influência na gestão das pressões que levam à perda dos serviços ecossistêmicos e seus benefícios no SISC e em toda a costa brasileira.